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Os fatos são recentes: outro dia apareceu nos meios de comunicação a história de um homem que ganha dinheiro para fazer caminhada com outras pessoas.

As pessoas não querem caminhar sozinhas e pagam para que esse homem caminhe com elas.

E foi noticiada também a história de uma mulher que ganha dinheiro simplesmente abraçando as pessoas. Ela cobra para abraçar as pessoas.

Isso tudo anda acontecendo nos Estados Unidos.

Já pensou se o tal beijoqueiro, que aliás anda sumido (não sei nem se ele ainda está vivo) fosse ganhar dinheiro beijando os outros? Bom, aí eu acho que não é o caso, pois era ele que beijava os outros sem que essas pessoas pedissem para serem beijadas.

Mas no caso desse homem que caminha com as pessoas e dessa mulher que abraça, são as pessoas que querem isso, que acabou se transformando num “serviço”.

Esse é o sintoma de um fenômeno que não é recente, existe há muito tempo, há muitos anos, na verdade há muitos séculos, que é a dificuldade de conviver com a solidão.

Mas não podemos exagerar. Momentos de solidão podem ser úteis para nos avaliarmos, para nos conhecermos melhor e também para aprendermos a conviver com o outro.

Mas não podemos também condenar as pessoas que têm dificuldade de ficarem sozinhas, porque a solidão pode trazer também sofrimento e dificuldade para essas pessoas.

Assista ao vídeo até o final, ou continue lendo abaixo do vídeo, pois vêm aí muitas surpresas, inclusive em relação às japonesas, que andam sedentas…

Por exemplo: está provado que a solidão indesejada, aquela que incomoda e causa sofrimento, pode afetar o sistema imunológico, deixando as pessoas mais expostas a doenças, e pode também resultar no mal de Alzheimer e, evidentemente, num outro grande mal que pode resultar em tragédia, que é a depressão.

A depressão é muito perigosa porque pode levar as pessoas ao suicídio.

Mas não se pode achar que depressão é simplesmente tristeza. Depressão é uma doença muito séria do sistema nervoso, que pode ter várias causas ou até mesmo surgir do nada, e precisa de tratamento.

As pessoas andam discutindo se essa questão da solidão está associada ou não ao mundo dito moderno, onde as pessoas estão interagindo com as tecnologias mais até do que com outras pessoas.

Mas é lógico que o mundo não para, o mundo vive em constante mudança, e é lógico que a tecnologia tem, de certa forma, levado as pessoas a uma vida muitas vezes mais isolada.

Não estamos evidentemente falando das pessoas que trabalham no computador. Na verdade, esse é um trabalho como qualquer outro, e o computador é apenas uma ferramenta de trabalho.

O perigo – ou talvez um sinal de alerta – está no fato de a pessoa se escravizar à tecnologia, se colocar a serviço da tecnologia, quando na verdade é a tecnologia que tem que estar a serviço da pessoa.

É comum hoje você se sentar numa lanchonete e ver bem adiante uma mesa com quatro ou cinco pessoas em que ninguém está conversando, todo mundo está com seu celular na mão, teclando o tempo todo.

E tem também as pessoas que usam o celular para se dizerem sociáveis ou até importantes. Uma vez eu estava num evento social e um sujeito fingiu que estava falando ao celular com um senador, só que ele não percebeu que esse senador também estava, naquele momento, nesse mesmo evento social, a poucos metros de distância, e não estava falando no celular naquele momento… Já pensou que mancada?

Eu conheço pessoas que chegam a dizer que adoram a solidão, adoram ficar sozinhas. E isso não têm nada de mais, é uma opção delas; é o jeito delas.

Mas não se pode negar que o ser humano tem necessidade de vínculos, e de um modo geral não gosta de se sentir isolado. E que, na companhia de outras pessoas isso melhora a sua saúde e a sua auto-estima. E essa pessoa passa até a ver mais sentido na vida.

Hoje nós podemos também notar que tem pessoas de mais idade que não entendem a convivência dos mais jovens em idade (e eu gosto de frisar “jovem em idade” porque a juventude nem sempre está associada à idade cronológica), que não entendem, repetimos, a convivência tão frequente e constante desses jovens com a tecnologia.

Mas as pessoas mais idosas em idade cronológica que estranham a tecnologia que não é do seu tempo têm que compreender que para os mais jovens em idade às vezes também é difícil compreender a falta de tecnologia que não faz parte do seu tempo.

Então chegamos a um ponto em que podemos concluir que a juventude está em se adaptar ao tempo que se está vivendo.

Eu já escrevi seis livros e publiquei quatro até agora, sem contar alguns e-books. O primeiro eu comecei a escrever ainda numa máquina de datilografia, mas festejei a chegada do computador pessoal, pois sempre encarei o computador como uma ferramenta de trabalho extraordinária para quem escreve, pelo tanto que ela facilita o ofício de escrever.

Mas tanto como escritor, como também como jornalista, eu convivi com pessoas que nunca, nunca mesmo, conseguiram se adaptar ao computador como uma ferramenta pra facilitar o trabalho.

E mesmo em minha época de professor universitário na faculdade de jornalismo tive muita dificuldade em fazer alguns alunos, bem mais jovens em idade do que eu, se adaptarem ao computador na hora de escrever um texto.

Mas voltando ao caso da solidão, é preciso verificar quando esse convívio com a tecnologia é algo natural, uma evolução dos tempos, e quando ele se torna exagerado a ponto de se transformar numa fuga. É o caso das pessoas que convivem com a máquina para substituir a convivência com as pessoas até nos relacionamentos, para fugir aos ônus do relacionamento, como eventuais desentendimentos e dificuldades do dia a dia.

Nesse caso a coisa já não pode ser considerada como saudável.

Porque, se é verdade que o amor faz parte da natureza humana, há fatos que fortalecem a impressão de que o amor na atualidade perde força, ou as pessoas que efetivamente amam nem sempre são levadas a sério. Faz parte desse cenário a visão machista que não é só do sexo masculino, mas também das mulheres, quando repetem a velha máxima de que “homem não chora”.

É como se homem cada vez menos tivesse direito de ser sensível, de ser sentimental e, em última análise, de ser sincero quando diz que ama e que quer se dedicar a uma pessoa ou a uma família.

Um dos sintomas dessa incompreensão em relação ao amor está no próprio sexo solitário, que leva alguns homens a preferirem a masturbação e a pornografia em razão de inúmeros bloqueios em sua personalidade na relação com o sexo oposto.

Nós já falamos sobre isso num recente vídeo. Se você não assistiu, ou quiser assistir de novo, basta clicar na imagem acima para ter acesso direto.

Aliás, vale lembrar que o Japão é um país típico de onde a pouca disposição para a sexualidade sadia, entre parceiros que se amam, está atingindo níveis preocupantes.

É cada vez maior o número de japoneses que não praticam sexo alegado problemas como o cansaço após longas jornadas de trabalho, além de preocupações do cotidiano, chegando a adotar o que lá já está sendo chamado de “celibato voluntário”.

E os números impressionam: segundo as últimas pesquisas, 48,1 por cento dos homens e 50,1 por cento das mulheres não mantiveram nenhuma relação sexual no mês em que foi feita a pesquisa, o que representaria um aumento de cinco por cento em relação à pesquisa anterior, feita em 2012.

A baixíssima taxa de natalidade, de apenas 1,4 por cento, tem levado o governo japonês a promover, sem sucesso, programas de incentivo para casais que cada vez se dizem mais desinteressados por sexo, inclusive jovens de 25 a 29 anos. Vinte por cento deles afirmam que o sexo “não interessa”, o que fez surgir no país a classe dos homens chamados de “herbívoros”.

O Japão, que já tem hoje uma das populações mais envelhecidas do mundo, vê a taxa de natalidade diminuir cada vez mais, a ponto de alguns estatísticos preverem que dentro de algumas décadas metade das cidades japonesas será extinta devido à diminuição gradativa da população.

Então, se você se sente solitário e está entre os homens que gostam de sexo, importe uma mulher “Made in Japan”. Posso garantir, elas são bem educadas, inteligentes, sensuais e lindas.

E não estão conseguindo homens.

Aliás, um segredo: também entre as russas aumenta a procura por homens estrangeiros para se casarem. É que as mulheres russas que não conseguem se casar ao atingirem a idade de 30 anos, ou até um pouco menos, já passam a ser vítimas de certo preconceito, até mesmo pelos seus familiares. Alguns pais querem até se ver livres delas, o que faz aumentar o número de agências internacionais com russas buscando casamento.

As russas, que também são inteligentes e lindas, preferem os norte-americanos, mas, sabe como é, né, quando o material está escasso, o valor aumenta, independentemente de nacionalidade.

Sobre o Autor

Gerson Menezes
Gerson Menezes

Escritor (com 9 livros publicados), jornalista, empresário, professor universitário (durante 10 anos), empreendedor digital e youtuber. Os livros podem ser encontrados na livraria virtual Amazon e na Thesaurus Editora.

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