Dizem que o mundo está evoluindo, mas até hoje as pessoas continuam mais preocupadas com o sexo dos outros do que com o sexo delas mesmas.
Eu confesso: procuro estudar diariamente a sexualidade humana, pesquiso muito, mas o que me dá a impressão é a de que isso vem piorando cada vez mais.
Num país com tantos problemas sérios para serem resolvidos, uma das discussões que tomou mais espaço na mídia foi o episódio envolvendo um apresentador do SBT e a apresentadora Maísa.
O mais intrigante é que, apesar de sua pouca idade, Maísa é que acabou sendo criticada por reagir à forçação de barra do apresentador Silvio Santos na tentativa, é óbvio, de conquistar IBOPE, o que acabou acontecendo, porque disso ele entende.
Pois é, mas fica evidente também que o público é o principal responsável por se tornar instrumento de baixaria e de mau gosto, que acaba dando mesmo ibope.
E o tal do apresentador, que, pelo pouco que eu assisti, parece mais um bonequinho amestrado, acabou, no desfecho de toda essa baboseira, sendo apontado como gay devido a um vídeo que foi resgatado com um garoto que ele conheceu há muito tempo.
(Assista ao vídeo, se preferir. O texto segue logo abaixo)
É desolador perceber que a baixaria no Brasil está extrapolando não apenas na política, como também na sexualidade.
De todos os meus vídeos, e olha que são inúmeros, o que causou mais xingamento e revolta foi aquele em que eu digo que o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não tinha que prestar nenhuma satisfação ao eleitor sobre sua sexualidade.
Toda a polêmica surgiu, e persistiu por um bom tempo, porque muitos o apontam como mentiroso por não ter dito, segundo boatos e especulações, que ele é gay e a mulher dele, Michelle Obama, é sapatão.
Interessante observar que o novo presidente, Donald Trump, não foi alvo do mesmo rigor depois de ter sido acusado de assédio sexual por várias mulheres. É fato que isso também virou notícia, mas não com o mesmo ímpeto e insistência de pessoas que, pela lógica, deveriam ter cobrado dele a revelação de que supostamente é um tarado sexual, já que cobraram com tanta ênfase uma satisfação do suposto homossexualismo de Barack Obama.
A diferença é que, se Obama realmente for homossexual, isso é uma questão da vida pessoal dele, que não afeta ninguém. É assunto dele e de seus eventuais parceiros sexuais. Já o assédio sexual afeta outras pessoas, é uma violência contra a mulher, que parece não incomodar os ditos moralistas – leia-se hipócritas – que se sentem tão afetados pela intimidade de Obama e da mulher dele, que, segundo também todas essas fofocas, não é mulher.
Para algumas pessoas, que se dizem preocupadas com a educação dos filhos, a homossexualidade afeta os outros, pois afetaria, na visão dessas pessoas, a criação das crianças, uma vez que teria o poder de gerar influência sobre elas. O simples comportamento de um homem com feições e gestos efeminados seria suficiente para despertar a homossexualidade nos heterossexuais, apesar de todas as chacotas, gozações, ironias e preconceitos de que são alvos os homossexuais. Inclusive, obviamente, nas escolas.
A vida é sempre mais simples do que essas correntes querem impor. É evidente que, da mesma forma que a partir de certa idade as crianças passam a se interessar por temas referentes ao sexo, e merecem esclarecimento sobre as dúvidas que tiverem, em linguagem condizente com a idade de cada uma delas, da mesma forma devem ser esclarecidas de que os comportamentos sexuais são inerentes a cada pessoa e não precisam ser imitados ou copiados.
E que, se a pessoa tem o direito de ter suas preferências sexuais, isso não significa que essas preferências devam ser impostas a quem quer que seja. Ou seja: o que é livre não tem que ser entendido como obrigatório. Simples assim.
Mas o nosso site e o nosso canal estão preocupados em estudar a sexualidade humana e a esclarecer na medida do possível tudo o que se refere a isso.
Então, se você se preocupa muito com a sexualidade dos outros, você já parou para refletir sobre qual a razão dessa preocupação???
Como nós já dissemos e frisamos no início deste vídeo, este é um assunto que aparentemente não termina nunca e às vezes até se fortalece.
Então propomos aqui essa reflexão de você com você mesmo(a), porque é a partir dessa reflexão que você pode buscar as raízes dessa sua preocupação.
E quem quiser expor o que encontrou em si mesmo ou em si mesma a esse respeito, pode deixar seu comentário ou a sua pergunta logo abaixo, desde que com a mesma dose de respeito com a qual fizemos este artigo e o vídeo.
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