Se houve quem ficasse surpreso ao saber que existem pessoas que não gostam de sexo, muita gente também só ficou sabendo pelos jornais e mesmo pelas revistas de fofoca que o outro lado da questão também existe: pessoas viciadas em sexo. E esse vício em sexo ataca também celebridades
Mas não confunda: gostar é uma coisa, ser viciado é outra. Esse vício é uma doença compulsiva que pode complicar sua vida. Já apenas gostar de sexo, ou mesmo gostar muito de sexo, não tem problema algum.
Quando o sexo faz bem
Vamos explicar, porque a repressão sexual que infelizmente ainda existe no Brasil faz as pessoas confundirem muito as coisas.
Sexo é algo que, como já explicamos em outros vídeos, faz bem à saúde mental, psicológica e física. É lógico que tem que ser feito de forma consentida. E, evidentemente, que não pode ser confundido com as práticas ilegais sujeitas a punição e mesmo prisão, como estupro e assédio sexual.
Já o vício é uma compulsão que se mostra progressiva e acaba por criar muitos problemas na vida pessoal, na família e no trabalho.
Como qualquer vício
Essa compulsão, que pode começar já no fim da adolescência, significa dependência. E é comparável a outros vícios, como alcoolismo, tabagismo e dependência de drogas de um modo geral.
A característica básica é que o comportamento passa a se mostrar fora de controle. Ou seja: a pessoa vai ficando cada vez mais dependente, a ponto de perder até o controle sobre os seus atos.
Fora de controle
Muitos compulsivos se complicam no trabalho porque interrompem, muitas vezes, suas atividades profissionais para assistirem escondidos a filmes pornográficos. Ou para se masturbarem, por exemplo. E não pense que isso ocorre somente com os homens. As mulheres também podem se tornar compulsivas.
Não caia na besteira de achar que isso ocorre devido, por exemplo, a uma história de frequência muito alta de relações ou de contatos frequentes com temas sexuais. Não é isso. Muitas vezes, ao contrário, são pessoas com alto nível de carência e de baixa auto estima, que sentem muita falta de relações carinhosas, de atenção e de amor, o que pode ser o resultado de problemas de relação com os pais na fase infantil ou de desenvolvimento.
Tratamento é indispensável
Por isso mesmo, o compulsivo ou a compulsiva normalmente precisa de ajuda profissional. Isso mesmo: precisa de tratamento, que é feito com psiquiatras e até, muitas vezes, com o uso de remédios.
Isso se torna necessário, evidentemente, quando a compulsão é diagnosticada e passa a representar um problema sério na vida da pessoa, como nós já explicamos.
Essa pessoa passa a ter tal dependência de sexo que começa não só a conturbar suas relações pessoais, amorosas e no seu trabalho, como também a arriscar a sua saúde. Isto porque passa a se sujeitar, muitas vezes, a relações com qualquer pessoa, mesmo sem nenhuma proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.
Vício e consequências
A pessoa pode se tornar agressiva para obter sexo e, na medida em que, sendo uma pessoa comprometida, não conseguir resposta do parceiro ou da parceira aos seus impulsos, envolve-se em muitos casos de infidelidade.
E muitas vezes, após consumar o ato, o compulsivo ou a compulsiva pode se ver envolvido por sensações de tristeza, angústia e vergonha.
Você vai saber
Como você pode avaliar se está sofrendo disso? Quando você percebe que essa compulsão se mostra obsessiva ou fora de controle. Ou seja: você entra numa espiral progressiva e tem que conseguir sexo de qualquer maneira. Por isso mesmo é comparável, por exemplo, à dependência de drogas, como cocaína e crack.
Não imagine que isso possa servir de pretexto para livrar as pessoas de punição por crimes de estupro ou de assédio. O compulsivo e a compulsiva são capazes de avaliar se isso está aumentando progressivamente a ponto de prejudicar sua vida ou de se envolver em complicações. E, evidentemente, precisa buscar ajuda, em benefício dos outros e de si próprio, já que pode se tornar inclusive depressivo.
Vício em sexo ataca também celebridades
Muitas pessoas famosas já admitiram esse problema publicamente depois de terem suas vidas conturbadas. Um dos casos mais conhecidos é o do ator Michael Douglas, filho do também famosíssimo ator Kirk Douglas. Michael Douglas foi internado várias vezes e teve um dos seus relacionamentos conjugais interrompido devido aos seus constantes casos de infidelidade.
Outro episódio que chegou a virar escândalo foi o do ator britânico Hugh Grant. Ele chegou a ser preso na capital londrina fazendo sexo oral dentro do seu carro com uma prostituta. Isso ocorreu exatamente na época em que o ator estava no auge do seu sucesso e lhe provocou sérios problemas no casamento dele com a top model com quem já estava há oito anos e que acabou se separando dele depois de uma tentativa fracassada de continuarem juntos.
Cantora nas orgias
Para provar que não são apenas os homens os afetados, a cantora Britney Spears está entre as que acabaram confessando seu vício incontrolável por sexo. Os episódios contaram até com os testemunhos de um de seus ex-namorados e de um ex-funcionário que acompanhava a celebridade em suas turnês. Segundo os noticiários, após os shows ela consumia álcool e drogas e promovia verdadeiras orgias.
Bom, são muitos os casos. O importante aqui é frisar que a compulsão tem tratamento. E que, mesmo que você não seja famoso ou famosa a ponto de virar manchete nas revistas de fofocas e temas correlatos, faça uma avaliação cuidadosa de seu comportamento. Assim, não vai acabar como o ator londrino cuja foto foi publicada pela imprensa com direito àquela famosa plaqueta da polícia na condição de detento. Já pensou que vexame?
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