Muitas pessoas ainda hoje, por incrível que pareça, encaram o sexo com uma carga de tabu e até de preconceito. Isto, em parte, é decorrência de uma educação repressora, mas também temos que reconhecer que a forma como os meios de comunicação exploram o sexo acaba por reforçar visões distorcidas sobre o tema.
Embora para algumas pessoas o que vamos dizer possa parecer contraditório, sexo é algo que deve ser encarado com respeito. O mais curioso é que a noção de sexo como algo “pecaminoso” é uma visão predominante sobretudo entre as pessoas que mais se dedicam à religião com alta carga de fanatismo.
Exatamente os religiosos e aqueles que têm convicção da existência de Deus deveriam encarar o sexo de outra forma e sob outra perspectiva, diante da óbvia conclusão de que Deus jamais daria ao sexo a função de gerar o dom precioso da vida se o sexo pudesse ser visto como algo “imoral”.
Talvez esses fanáticos considerem que Deus teria escolhido uma forma “menos indecente” caso tivesse optado por um aperto de mão como maneira de produzir vida, o que, entre outros inconvenientes, traria grandes obstáculos até mesmo aos programas de controle da natalidade… Para dizer o mínimo…
Quanto aos meios de comunicação, conforme citamos, estes reforçam a visão preconceituosa porque exploram o sexo em seu aspecto “comercial”, dando ênfase a exibicionismos de gosto duvidoso.
Não há falsos moralismos nessa conclusão. Embora pareça algo indecifrável para algumas pessoas, há efetivamente uma grande distância entre sensualidade e pornografia barata. Muito maior ainda é a distância entre sexualidade e vulgaridade, esta última roubando da primeira toda a carga de beleza que o sexo em si possa oferecer. Que seja praticada entre quatro paredes por quem a aprecie. Vai do gosto de cada um.
É muitas vezes das distorções, vulgaridades, repressões e explorações comerciais destituídas de qualquer valor que resultam comportamentos anti-sociais muitas vezes convertidos até em ações criminosas.
Inegavelmente, é impensável esperar de um ser humano que tenha sido educado sem preconceitos e sem repressões excessivamente doentias que se transforme num estuprador, num pedófilo ou num doente capaz de praticar as mais injustificáveis atitudes violentas ou indignas em relação a sexo, especialmente quando se constituem em desvios praticados contra vítimas indefesas.
Reforce-se aqui o que se disse há pouco. Quando se fala em pornografia, por exemplo, não se está assumindo uma atitude moralista em relação ao tema. Os pornógrafos têm todo o direito de sê-lo, desde que isto não se transforme num comportamento anti-social que venha a trazer malefícios às pessoas que nada têm a ver com suas preferências. Que as utilize apenas em proveito próprio ou de quem as aprecie, sem agredir ou forçar ninguém a fazê-lo a contragosto (aqui se justifica esse sutil pleonasmo), e nada será afetado.
Sexo, conforme já frisamos em outros artigos, é vida. São inegáveis os seus benefícios para a saúde, seja ela física, mental ou emocional. Que continue produzindo vida, prazer e alegria, como Deus decretou em sua soberana sabedoria.
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