Eu estou meio contrariado, pois confesso que não sou exatamente um simpatizante da pessoa à qual vou me referir.

Mas tenho que dizer: o Brasil anda insuportável a tal ponto que eu nunca pensei que um dia eu teria que defender o apresentador William Bonner.

A questão é que já faz até um bom tempo que ele se separou da apresentadora Fátima Bernardes e até hoje ele ainda precisa recorrer às redes sociais para se referir a essa separação e ao número de fofoqueiros que não têm nada a ver com a vida dos dois e assim mesmo ficam se metendo nessa separação.

Mas o que me chamou a atenção foi a resposta certeira que ele deu a esses fofoqueiros, dizendo que eles são na verdade pessoas  ridículas.

Vamos relembrar o que ele disse:

“Talvez quem passe ridículo neste momento não sejamos nós, que cuidamos de nossas vidas, que nos respeitamos. Talvez caiam no ridículo as pessoas que não superaram nossa separação, embora nada tenham a ver com isso, e que não aceitaram que tenhamos reconstruído nossa felicidade”, disse com muita propriedade o apresentador.

Frustração? Recalque?

É pertinente lembrar que a separação de Bonner da Fátima Bernardes ocorreu em agosto de 2016. Estamos em 2018, o Brasil passa por sérias dificuldades em vários setores, mulheres são violentadas diariamente e ainda há quem se sinta no direito de criticar a separação do casal.

Certa vez ouvi uma indagação muito apropriada de uma psicóloga. Ela perguntou por que será que a relação entre as pessoas “nos agride tanto”.

Será frustração, recalques não assumidos, falta do que fazer ou mesmo mania de se mostrar ridículo ou ridícula?

E o mais inacreditável é que essas fofoquinhas renascem cada vez que um dos dois reaparece em público com as pessoas com que estão se relacionando. E o que é que os outros têm a ver com isso?

Eu não tenho muita paciência pra esse tipo de assunto, confesso, mas é minha vez de perguntar: será que, se as pessoas se preocupassem com as suas próprias vidas, o Brasil não estaria bem melhor?

É lógico que eu estou me referindo à vida pessoal, que só é da conta de quem a vive.

Se alguém lhe pede ajuda ou conselho em razão de algum problema pessoal que está tendo de enfrentar, você, com todo o direito, pode até rejeitar se pronunciar. Mas se quiser falar alguma coisa já tem esse  direito, tendo em vista que pediram a sua opinião.

Pessoas ridículas

Mas tenho que ser direto para não prolongar essa minha manifestação: vir a público se pronunciar sobre assuntos pessoais que não lhe dizem respeito é realmente uma atitude de pessoas ridículas.

Então, se você é assim, por favor: pare imediatamente. E vá tentar resolver os seus próprios problemas, porque você, seguramente, está precisando.

E tente ser feliz, porque aí, certamente, você não sentirá a menor necessidade de se meter na vida pessoal de ninguém.

Sobre o Autor

Gerson Menezes
Gerson Menezes

Escritor (com 9 livros publicados), jornalista, empresário, professor universitário (durante 10 anos), empreendedor digital e youtuber. Os livros podem ser encontrados na livraria virtual Amazon e na Thesaurus Editora.

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