Sexo e celular combinam?
Sexo com robôs dá certo?
Uma discussão que começa a tomar conta da internet é sobre o impacto que o avanço da tecnologia tem e terá sobre a vida das pessoas.
Existe até um relatório com o nome de The Future of Sex, ou seja, O Futuro do Sexo, que vem fazendo previsões de como irão se comportar homens e mulheres diante desse avanço.
Já existem empresas que fabricam brinquedos sexuais conectados à internet que serviriam para a prática de sexo remoto. Ou seja: parceiros sexuais que estão distantes um do outro usam a internet para se conectarem.
E já existem protótipos que permitem beijos remotos e travesseiros que se conectam para transmitir o som dos batimentos cardíacos do parceiro ou da parceira.
Já não é mais novidade a existência do sexo virtual, em que as pessoas trocam mensagens e promovem bate-papos online ou por telefone e até praticam o que seria um ato sexual em ambientes 3 D.
O Future of Sex faz também algumas previsões… Como a de que algumas pessoas que se tornam famosas passarão a vender réplicas delas mesmas para os fãs simularem a prática do sexo. E ainda que os jovens farão sexo com robôs.
Saiba mais assistindo ao vídeo ou continue lendo mais adiante.
Sexo estranho?
Recentemente foi divulgada também a experiência de uma mulher de 31 an0s, que tem um site sobre sexualidade, e que resolveu relatar o que sentiu ao fazer sexo com um boneco.
Segundo o relato dela mesma, sua intenção foi a de desmistificar a ideia de que somente homens fazem sexo com bonecas. Isto porque, no caso das mulheres, haveria sempre a necessidade de apego emocional.
Ela disse que, nessa que seria uma “relação sexual”, considerou estranho apenas no começo, mas que depois se sentiu confortável.
E que o único fato que chamou sua atenção foi que depois de algum tempo passou a ter a sensação de que estava mesmo transando com uma pessoa real. Exceto pelo fato de que ela poderia, na relação com o boneco, manter o controle da situação.
Medo da rejeição
Em vídeo recente, falamos da experiência de pessoas que preferem essas práticas exatamente pela mesma razão exposta por essa mulher: o fato de não quererem experimentar reações como a de se sentirem rejeitadas. Ou seja: a dificuldade na interação humana que acaba fazendo substituir relações reais por simulações com bonecos e instrumentos ou brinquedos.
Sabe-se que a fronteira entre o que pode ser considerado normal ou anormal é muito difusa. Mas, nesses casos, é preciso reconhecer que existem pessoas que estão se desumanizando a ponto de se isolarem do convívio humano. Isso ocorre por medo de rejeição ou de comportamentos que as façam se sentirem humilhadas.
É um sintoma triste do tempo em que estamos vivendo, quando parece ficar claro o esfriamento das relações humanas…
A ponto de homens e mulheres preferirem fazer sexo com bonecos ou bonecas em vez de buscarem um parceiro ou parceira.
Mas a responsabilidade por fatos como esses não pode recair sobre a tecnologia, mas sim sobre como as pessoas encaram a tecnologia ou como não buscam encarar-se com realismo para buscar aquilo que as está afetando em sua personalidade.
Assustador
Não deixa de ser um panorama assustador, numa época em que a palavra amor anda tão desvalorizada, o que tem aumentado os conflitos em sociedade em consequência da carga de insensibilidade que faz as pessoas comemorarem, tantas vezes, mais a morte do que a vida.
A velha frase “pare o mundo que eu quero descer” parece se tornar cada vez mais real e evidentemente mais assustadora.
É fato que, com a popularização do celular e de ferramentas cujo objetivo seria o de facilitar a comunicação entre as pessoas, essas ferramentas acabaram por produzir conflitos.
Mas pense bem e encare a realidade: é culpa dessas ferramentas ou da desumanização das pessoas?
Quantas dessas pessoas se dispõem hoje a refletir seriamente sobre seus conflitos e sobre problemas de sua personalidade e de sua sexualidade, em vez de buscarem esses disfarces e supostas alternativas que acabam isolando essas pessoas cada vez mais?
Reflita sobre isso na sua própria vida.
E, sobretudo, pense até que ponto a brutalização do chamado ser humano está se alastrando e fazendo minguar componentes essenciais ao bom convívio humano, como o sentimento verdadeiro e o amor.
E a que futuro isso nos levará.
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