
Sandy e Lucas Lima se separaram. E para nós isso não faz nenhuma diferença. Para você também não deveria fazer. No entanto, como o tema virou mais uma intriga, tem que ser visto sob a ótica mais objetiva: Sandy e Lucas e a idiotização das fofocas, que voltam a cada nova separação..
Nós, do Recado Secreto, ficamos pasmos ao verificar que muitas pessoas não conseguem enxergar algo óbvio: relacionamento e questões pessoais são dois assuntos que têm que ser tratados apenas pelas pessoas diretamente envolvidas.
Mas, segundo o noticiário, a atriz Bruna Guerin ficou em crise, diante dos ataques cruéis que sofreu de internautas, ao ser apontada como pivô da separação do casal.
A atriz já desmentiu os boatos. Classificou-os como mentiras descabidas, que teriam sido produzidas “pela imprensa irresponsável”. E desabafou: “Eu nunca havia sofrido uma onda de ódio tão grande”.
Seria tudo isso mais um episódio da novela Sandy e Lucas e a idiotização das fofocas?
Há outra questão inevitável a partir da constatação de que muitos casais estão se separando. Diante disso, cabe a pergunta: quantos desses ataques de ódio, boatos e fofocas não seriam os responsáveis pelo aumento no número de crises conjugais?
Não dispomos de elementos para dizer se Bruna Guerin falou a verdade ao desmentir qualquer relacionamento amoroso com o agora ex-marido de Sandy. E este também é um assunto que não nos interessa.
No noticiário, consta que a própria Sandy teria defendido a manifestação de Bruna Guerin, de desabafo contra o que seriam boatos.
E novamente as coisas devem ficar em seus devidos lugares: se esse envolvimento ocorreu ou não, essa é uma questão que cabe aos três envolvidos resolverem.
Num país onde há imprensa de fofocas e até programas televisivos declaradamente fofoqueiros, está na hora de entender que há dois tipos de crise: as que surgem naturalmente e as que são produzidas artificialmente, em consequência de intrigas.
Todo relacionamento conjugal e/ou amoroso está sujeito a crises, pelos mais diversos motivos.
A menos que essas crises resultem em agressões físicas, inclusive com risco de feminicídio, a questão – repetimos – tem que ser resolvida pelas pessoas diretamente envolvidas.
Se você fica sabendo que existe uma crise séria em que as pessoas se ameaçam de morte ou se agridem mutuamente, é um direito legítimo denunciar isso à polícia.
Trata-se de uma providência que pode evitar um desfecho trágico, como tantos que têm acontecido com frequência, no Brasil.
Você, leitor ou leitora consciente, haverá de dizer: isso é lógico.
Não parece ser algo lógico, no entanto, para os que pregam o ódio, ou espalham fofocas, ou produzem intrigas, que representam a idiotização do tempo em que vivemos, a partir de pensamentos tacanhos de quem insiste em não aceitar que vida pessoal é questão na qual ninguém deve se meter.
A menos, como dissemos há pouco, que essas questões incluam a possibilidade de se transformarem em caso de polícia.
Se esse risco não existe, ou não é evidente, que cada um cuide da sua própria vida. E deixe a vida dos outros em paz.
E isso – lembre-se sempre – vale para tudo. Como forma de ninguém acabar sendo vítima de seu próprio veneno.
O que seria bem feito.
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