Teve grande cobertura da imprensa o caso da Karol Eller, uma influenciadora que tirou a própria vida, depois de ter sido submetida à farsa da chamada cura gay. Com isso, ficou comprovado, mais uma vez, que a farsa da cura gay mata.
Trata-se de uma prática que os psicólogos consideram uma verdadeira tortura, que aumenta o risco de depressão e os casos de suicídio.
Não é segredo para ninguém que o site e o canal Recado Secreto sempre combateram qualquer discriminação e também o fanatismo de falsos religiosos, que criam uma absurda sensação de culpa, de pecado e de arrependimento nas pessoas.
Numa autêntica lavagem cerebral promovida pela corrente de fanáticos ultraconservadores que assolam o Brasil, Karol Eller acabou sendo influenciada a fazer esse procedimento de uma suposta cura gay, prática que é vetada pelo Conselho Federal de Psicologia, e tem sido a grande responsável por essa tragédia de levar uma jovem como Karol ao suicídio.
De forma dissimulada, correntes ultraconservadoras tentam se dissociar desse triste caso, dizendo que Karol Eller morreu, quando a coisa não foi tão simples assim. Ela não morreu: ela se matou. E existe aí uma grande diferença.
E por que ela cometeu um ato tão extremo? Porque homossexualidade não é doença. E Karol percebeu que, após ser submetida a essa prática ilegal e criminosa de promover uma suposta cura, ela não conseguiu deixar de sentir atração pelo sexo feminino. E disse que se sentiu fracassada.
Repetindo uma expressão que ela própria usou, Karol disse que havia perdido a guerra. Ou seja: que não conseguiu se livrar de um sentimento ou da atração pelo sexo feminino.
Frequentemente, alertamos para o risco de se deixar influenciar por fanáticos religiosos e pelos que identificam, de forma francamente exacerbada, o sentimento de prazer com o conceito de pecado.
É precisamente isso que gera essa visão preconceituosa e o consequente sentimento de culpa e de arrependimento por algo que diz respeito à vida pessoal.
E, por falar em cura, você sabe quem precisa de tratamento? Exatamente os que discriminam, os que agridem e até matam homossexuais, transexuais e qualquer pessoa classificada no que se convencionou chamar de Comunidade LGBTQIA+.
Quem vive e curte sua própria sexualidade, seja qual for sua orientação ou preferência, não se importa nem se abala diante da sexualidade dos outros.
Mais estúpida ainda é a tentativa de classificar essas pessoas como doentes, sem nenhuma comprovação científica ou resultado de pesquisas e estudos psicológicos.
Há um absurdo maior ainda: o de querer estabelecer, em lei, qualquer interferência na vida pessoal e amorosa das pessoas.
Essa imposição se baseia em preceitos da Bíblia, que não é seguida por todas as religiões.
Eis aí a importância do Estado laico, uma vez que não se pode impor preceitos religiosos a toda a população, onde existem práticas religiosas as mais distintas.
Não se pode, portanto, submeter toda a população aos ditames de uma religião ou credo, seja ele qual for.
Somente países de regimes fechados, ultraconservadores e ditatoriais, submetem a vontade do Poder à sua população, por mais absurdas que sejam essas imposições.
E é nesses países que a farsa da cura gay mata e provoca protestos.
Acordem, brasileiros realmente do bem. Vida pessoal e vida amorosa envolvem escolhas e opções pessoais, e ninguém tem nada a ver com a vida dos outros.
Que cada um cuide da sua própria vida.
Vamos parar com hipocrisia, um grande mal que destrói vidas.
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