Você tem medo ou faz restrições à sua sexualidade? Aceita ficar subjugado às imposições impostas por outras pessoas ou credos? Tem medo de reagir a tudo isso? Não sabe como reagir? Isto está prejudicando a sua vida e a sua paz? Este artigo é para quem acha que sexo é coisa do diabo.
Quando temos um site e um canal que aborda sexualidade, entre outros temas, nos deparamos com situações e comentários que, muitas vezes, nos surpreendem.
Alguns nem chegam mais a surpreender, tal o número de pessoas que manifestam distorções sobre a maneira de encarar a própria sexualidade.
Para quem acha que sexo é coisa do diabo
Uma das que já presenciamos muitas vezes é as pessoas encararem o sexo como coisa do diabo.
Eu tenho feito neste site e em nosso canal no YouTube restrições às religiões devido a aberrações como essa.
E por tudo isso, resolvi fazer esta postagem para quem acha que sexo é coisa do diabo.
Quem acha que sexo é coisa do diabo?
Tudo bem que as pessoas queiram seguir um credo qualquer, mas é preciso manter o espírito crítico em relação a tudo na vida.
Atribuir o sexo ao diabo é um desrespeito ao que de mais precioso existe no mundo: a vida.
Animais racionais e irracionais nascem do sexo. E, se você não sabe, então eu vou te surpreender: até as plantas têm vida sexual.
O sexo não apenas dá origem à vida, como está intimamente associado à própria vida.
A revista Superinteressante já publicou, para combinar com o nome, um interessante artigo intitulado A louca vida sexual das plantas. CLIQUE AQUI para ter acesso direto à reportagem da revista.
O sexo das plantas
Num dos trechos, a revista diz que o sexo pode, em princípio, parecer pouco importante para as plantas. Isto porque a maior parte delas é hermafrodita. Ou seja: tem as características de ambos os sexos.
Mas, logo em seguida, vem algo muito interessante. Diz a reportagem: A reprodução sexuada, que leva o pólen até o ovário, não deveria demandar grandes esforços. Mas não é isso que acontece na realidade. Uma flor só se entrega ao solitário prazer da autofecundação quando sua sobrevivência está sob ameaça.
E, mais adiante, vem um subtítulo da reportagem ainda mais curioso… ou interessante, fazendo novamente justiça ao próprio nome da revista: Se a planta sente que pode morrer, ela faz sexo consigo mesma, e produz um clone. Se o clima estiver bom, ela busca parceiros.
Plantas dão lição a quem acha que sexo é coisa do diabo
Isso não é loucura da revista. Muito pelo contrário: é um artigo científico. É lógico que as plantas não têm um pênis e uma vagina. Mas, da forma como a natureza as criou, elas também têm um sistema de reprodução sexuada.
Então, louca não é a revista, mas loucura pode ser muito bem classificado um sintoma de alguém que acha que sexo é coisa do diabo.
Mas eu não vou chamar uma pessoa que pensa assim de louca. Simplesmente porque, muitas vezes, essa pessoa nem tem culpa por pensar assim.
Quem são os irracionais?
É que nós, os seres ditos humanos, somos chamados de animais racionais, mas parece que somos a parte da natureza que mais comete irracionalidades. E, pensando bem, os seres ditos racionais são até mais retardados do que aqueles a quem chamamos de irracionais.
Você quer ver só um exemplo? Você já viu um cavalo nascer? Depois que ele nasce, ele fica se mexendo no chão, bastante desajeitado, mas pouco tempo depois consegue se levantar e andar. E isso acontece com todos os chamados irracionais, que dependem das mães por muito menos tempo – nem se compara – do que os chamados racionais.
E as plantas e os animais, em sua dita imobilidade e irracionalidade, não apresentam o comportamento repulsivo de alguns representantes da dita raça humana, considerada racional. Mas que se revela tão irracional a ponto de se subjugar a tabus e a praticar crimes sexuais violentos que, estes sim, depõem contra o respeito com que a sexualidade tem que ser encarada.
Animais também comprovam que sexo não é coisa do diabo
A sexualidade entre plantas e animais se desenvolve como tem que ser: um fenômeno natural, que tanto dá origem à vida como garante a sobrevivência da própria vida. Como, aliás, nós vimos inclusive no caso das plantas, que dão um jeito de gerar um clone de si mesmas quando estão prevendo que vão morrer.
Sexualidade não é coisa do diabo. É uma das mais preciosas invenções da natureza.
Certamente os que se prendem a tabus, preconceitos e dogmas não pensam assim, porque são levados a associar sexo a pecado. E são levados muitas vezes a fazer essa associação ente sexo e pecado devido a uma palavrinha que tantas vezes é também demonizada pelas crenças repressoras: o prazer.
Sentir prazer não é coisa do diabo
Sentir prazer, vivenciando a sexualidade, não tem nada de pecado nem de algo que possa ser reprimido ou gerar sentimento de culpa. Não há erro na sexualidade associada ao prazer, a não ser nas circunstâncias que são geradas exatamente pela visão errada com que a sexualidade é vista e interpretada pelo fanatismo e visão repressora desses agentes propagadores da noção de pecado e de sentimento de culpa.
O que é condenável é exatamente o comportamento que essa visão distorcida de sexualidade acaba gerando. Como os estupros, a violência contra crianças e todas as atitudes repulsivas que as plantas e os ditos animais irracionais não cometem, não é verdade?
Carinho é amor
Amor|e|carinho não é coisa do diabo
O prazer como resultado do sexo carinhoso e amoroso entre homem e mulher não tem nada de errado. Ele é encarado como errado apenas por quem tem uma visão distorcida da sexualidade. E são essas visões distorcidas que resultam em aberrações. Estas, sim, reprováveis, como a auto repressão, o sufocamento do prazer sadio, os comportamentos violentos tantas vezes originados pela noção doentia de sexualidade, que gera frustrações e recalques.
Quem ama e vivencia a sexualidade com prazer, com leveza, com afeição, com carinho e com o respeito que a sexualidade merece não comete essas aberrações. Vivencia, ao contrário disso, a sexualidade harmoniosa com a natureza, como as plantas e os animais ditos irracionais. Estupro e todo tipo de violência e agressão no sexo é coisa de reprimidos, de frustrados e de recalcados; jamais de uma mente sadia.
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