O site Recado Secreto tem por objetivo proporcionar a seus leitores o máximo de prazer e felicidade. Mas desta vez temos que lamentar ter que publicar um artigo triste. Pelo título já dá para você perceber: Mataram menino de 9 anos e se dizem do bem.
É lamentável ter que publicar notícias como esta. Mas nosso papel é o de também alertar a sociedade quanto ao nível absurdo de ódio e de preconceitos que ainda persistem em pleno século XXI, quando todos já deveriam ter percebido o óbvio. E qual é esse óbvio? É aquele que sempre repetimos: vida pessoal é a que nós vivemos e na qual ninguém deve se intrometer.
Pessoas conscientes de sua individualidade devem se proteger contra intromissões. Os fofoqueiros, maledicentes e preconceituosos são, grande parte das vezes, recalcados infelizes. Ou completos ignorantes. Se cada um cuidasse da sua própria vida, o mundo seria melhor para todos.
Vamos à história (verídica)
O mundo civilizado teve motivos de sobra para lamentar o suicídio de James Myles, um menino de apenas 9 anos.
Exatamente isso: somente o mundo civilizado pôde lamentar. Os que se dizem do bem e ficam alardeando que desejam o bem da sociedade são os responsáveis pela morte desse menino de apenas 9 anos de idade.
Ele se matou após contar aos seus colegas de escola, em Denver, nos Estados Unidos, que era gay e passar a ser massacrado por atitudes de ódio dos que praticam bullying. Como se isso não bastasse, haters, esses que pregam ódio pela internet e se escondem covardemente atrás de perfis falsos, passaram a atacar a mãe do menino.
Recalcados espalham o ódio
Um deles chegou a xingar a mãe do garoto e responsabilizá-la pelo suicídio. Isto porque a mãe do suicida, Leia Rochelle Pierce, disse que amava o menino, independentemente de sua orientação sexual. Obviamente esse hater de mente podre preferia que a mãe tivesse dito ao filho que o odiava por ser gay.
Esse é o resultado lamentável, cruel e desumano do comportamento dos que preconizam até o espancamento de crianças que demonstrem qualquer tendência homossexual. Nesse caso, o espancamento foi moral, com as atitudes de bullying dos colegas do menino.
Sem direito de ser inocente
O canal Recado Secreto já divulgou outros vídeos sobre o tema homossexualidade, sempre ressaltando que orientação sexual é assunto pessoal no qual as pessoas não devem interferir. Evidentemente, se o menino tivesse mantido sua condição em segredo, não teria sofrido essa onda de ódio da qual foi vítima. Ele chegou a dizer à sua mãe ter imaginado que os colegas reagiriam de outra forma ao fato de ele dizer que era gay. Não teve direito sequer à sua inocência como criança. Pois mataram menino de 9 anos e se dizem do bem.
Inocência e exibicionismo: não confunda
Nossa posição, em nossas manifestações públicas, sempre foi a de não apoiar comportamentos de excessivo exibicionismo sexual. E no caso do menino que se suicidou houve inocência e não exibicionismo, evidentemente.
Condenamos de forma bem clara a atitude, em episódio ocorrido há alguns meses, no Brasil, de um jovem que se sentou no colo de seu parceiro em plena sala de aula. E que depois se queixou da postura da professora por tê-lo advertido da inconveniência de seu comportamento na escola.
Professora no seu direito
A professora pediu ao rapaz que saísse do colo do companheiro e passou a ser chamada de preconceituosa pelo aluno gay. Ressaltamos, na ocasião, que a atitude da professora não foi de preconceito, pois esse tipo de comportamento seria condenável também por parte de casais heterossexuais.
A professora teria, assim, amplo direito de reagir da mesma forma se uma aluna se sentasse no colo do namorado em sala de aula. Não se trata, portanto, de preconceito, mas de exigir, o que é um direito da professora, um comportamento adequado em sala de aula.
Ignorância ou má-fé
Vivemos uma época em que as pessoas costumam confundir conceitos, ou por ignorância ou de forma deliberada. Exibicionismos escandalosos de casais gays são inconvenientes da mesma forma que são também por parte de casais heterossexuais.
No caso do garoto de apenas 9 anos, não se tratou de exibicionismo, ao contrário da forma agressiva com que o julgaram os equivocados haters e os demais colegas que praticaram bullying após ele admitir sua condição.
Mataram menino de 9 anos e se dizem do bem
Numa atitude própria de sua idade, pois era apenas uma criança, ele apenas considerou que deveria ser sincero com os companheiros de sala, admitindo sua condição de gay.
Cabe agora a pergunta: quem errou? O garoto, por ter admitido a sua homossexualidade? Ou os colegas de sala, que passaram a xingá-lo e a discriminá-lo com palavras agressivas e humilhantes que acabaram levando o menino a cometer suicídio?
Dê a resposta a si mesmo, ou a si mesma, para saber de que lado você está.
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