Depois que nós comentamos no site e no canal a questão da assexualidade, começaram a surgir coisas assustadoras sobre a sexualidade humana. E nós resolvemos nos pronunciar em relação a alguns desses comentários.
De início, algumas pessoas apenas se mostraram surpresas ao perceberem que também não tinham interesse por sexo. Mas elas sempre pensaram que eram as únicas no mundo.
Passaram, a partir daí, a surgir dezenas de comentários de todos os tipos. Mas o que se tornou realmente impressionante foi o número de postagens assustadoras sobre sexualidade. Em resumo: fica difícil até de acreditar.
Preocupação e esclarecimento
Numa época em que o pensamento retrógrado e altamente conservador começa a ser cada vez mais apregoado e ganha força até mesmo nos discursos oficiais, algumas dessas postagens tornam-se até preocupantes. Realmente, são coisas assustadoras sobre a sexualidade humana
Antes de mais nada, um esclarecimento importante: assexualidade não significa odiar sexo, como algumas pessoas disseram que assim se sentem. Significa apenas não sentir nenhuma falta de sexo.
Ou seja: as pessoas podem se relacionar naturalmente. Algumas até se casam ou vivem juntas, mas simplesmente não sentem desejo sexual. Elas não sentem o impulso que as levaria a praticar sexo. E vivem bem e harmoniosamente, fazendo tudo o que um casal faria. Menos sexo, obviamente. E não chegam a fazer parte dos que falam coisas assustadoras sobre a sexualidade humana.
Desconhecimento é grave
A preocupação se refere, basicamente, ao índice de desconhecimento do tema. E numa época em que muita gente combate com veemência a educação sexual nas escolas. Em resumo: se já existe tanta ignorância no mundo em relação ao tema, a tendência é de que isto se torne mais grave ainda.
Veja a seguir, com atenção, o diálogo que mantivemos com uma das pessoas que opinaram sobre esse tema. Mas ainda não chega a ser o mais preocupante. Vêm mais coisas assustadoras sobre a sexualidade humana logo a seguir.
Sexo como se fosse droga?
Marcos Antônio define o sexo como droga disfarçada que Deus colocou no corpo das pessoas. Segundo ele, 95 por cento dos males do mundo acontecem por causa do sexo. Isso incluiria desonestidade, assaltos, corrupção e até as guerras.
Respondemos ao Marcos Antônio mostrando a distorção do pensamento dele. E fomos mais adiante na resposta, repetindo o que afirmamos a uma frequentadora do canal que disse odiar sexo, mas aparentemente apagou a postagem após a nossa resposta.
A essa pessoa que, como Marcos Antônio, colocou no sexo a culpa por tudo o que acontece no mundo, inclusive a violência contra mulheres e crianças, respondemos que ela está jogando a responsabilidade sobre quem não é responsável por esses acontecimentos negativos.
A responsável – explicamos – é a pessoa que está por trás desses acontecimentos, ou seja, a pessoa que usa o sexo de forma criminosa, o que foge completamente à função da sexualidade.
Depende de quem usa
Citamos até como exemplo simplista, procurando facilitar o entendimento, o caso de um objeto usado no dia a dia, como a faca, que tanto pode ser usada para passar manteiga no pão como para ferir ou até matar uma pessoa. Da mesma forma que o sexo, não foi a faca que matou, mas sim quem a usou como arma mortífera.
Afirmamos que houve depoimentos mais graves e preocupantes, até porque o Marcos Antônio, ao final do nosso diálogo, acabou admitindo que o que ele disse é apenas a sua forma pessoal de encarar as coisas. E identificou razão em minha resposta.
Coisas assustadoras sobre a sexualidade humana
Um depoimento que assusta é o de uma frequentadora que respondeu ao Marcos Antônio definindo o sexo como uma patifaria. Mais ainda: ela vê o homem como um ser imundo por praticar sexo.
Como se não bastasse, ela se utiliza de um dos dogmas da igreja católica para expressar sua opinião pessoal de que nenhuma mulher precisa fazer sexo para ter filhos.
Excluindo a hipótese de adoção, a única coisa além disso que nos vem à mente para obter esse resultado que ela preconiza é a inseminação artificial, embora, neste caso, haja, sim, o elemento sexual embutido, uma vez que será necessária a fecundação do óvulo pelo esperma masculino.
Escravos da repressão
Mas não é exatamente isso o mais assustador e preocupante nesse tipo de pensamento. Nos nossos vídeos temos sempre alertado que dogmas e visões distorcidas são repetidos obstinadamente por pretensos religiosos que usam a religião – e eis aí mais um exemplo de algo que pode ser positivo ou negativo, dependendo de quem usa – para disseminar o pensamento repressor e escravizante em relação ao ser humano.
Isto tem tido grande influência para formar o pensamento notadamente doentio de grande parcela da população. E são esses os que verbalizam coisas assustadoras sobre a sexualidade humana.
O ser humano não nasceu para sofrer nem para reprimir o prazer, a menos que esse prazer seja obtido à força, sem consentimento e de forma violenta.
O ser humano nasceu para ser feliz, não para maltratar o corpo. Esse equívoco é, infelizmente, pregado por algumas correntes religiosas altamente retrógradas. Elas se infiltram nas religiões para tornar cada vez mais grave o obscurantismo que já prevalece em muitos casos quando o tema é a sexualidade humana.
Bom para a saúde
Sexo é para ser feito com prazer e com amor. E, muito ao contrário do que diz a frequentadora que confunde absurdamente sexo com patifaria, não faz mal à saúde.
Estudos médicos sérios demonstram que a atividade sexual é altamente benéfica à saúde, inclusive à saúde do coração. Isso talvez explique o fato de o amor sempre ser simbolizado pela imagem de um coração.
E pesquisas bem recentes atestam que é muito menor, por exemplo, o índice de câncer de próstata nos homens que praticam o sexo com regularidade.
A atividade sexual produz ainda no cérebro substâncias que evitam a depressão, uma doença grave que leva até ao suicídio e que está presente em índices alarmantes em praticamente todo o planeta.
Conhecimento é a salvação
Se é tão alto, grave e assustador o índice de completa ignorância em relação à sexualidade humana, o que se pode esperar das futuras gerações num país cujos futuros governantes repudiam a educação sexual nas escolas e veem nas religiões, e não na cultura e na educação, a salvação do Brasil?
Tristes tempos os que vivemos, com fatos tão negativos já ocorrendo em decorrência de distorções, repressões e ignorância. Imagine o que virá adiante com tanto obscurantismo apregoado de forma obsessiva por correntes altamente retrógradas.
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