Você sabia disso sobre o ódio?Vou fazer uma pergunta cuja resposta é óbvia, mas que grande parte das pessoas não coloca em prática.

O que será que é melhor, viver o tempo todo sentindo ódio ou sentindo amor?

Eu creio que poucas pessoas responderam que é melhor viver sentindo ódio. E é provável que a maioria realmente pense que é melhor viver sentindo amor.

Mas então por que será que o ódio é tão comum hoje e quando se fala em amor as pessoas às vezes até acham que somos piegas?

Assista ao vídeo ou continue lendo logo abaixo.

A principal razão disso é que as pessoas, de um modo geral, não compreendem que o ódio faz mal a elas próprias.

Até pela sua composição química, o ódio faz mal à saúde.

Sentir raiva de vez em quando é bem comum e fácil de acontecer. Mas quando essa raiva se transforma em ódio e se repete muito pode causar doenças.

Mesmo a simples raiva produz adrenalina no corpo, e pesquisas comprovam que os sentimentos ruins de raiva transformados tantas vezes em ódio podem fazer aumentar a pressão arterial e fazer o corpo produzir endotelina em excesso, uma substância que, em doses altas, afeta o coração e pode provocar infarto ou parada cardíaca. E até a glicemia, o famoso açúcar no sangue, que causa diabetes, pode ter seus níveis elevados devido ao sentimento de raiva e de ódio contínuos.

Tudo vem do cérebro, inclusive a produção de hormônios, mas nessas situações a parte afetada é também o coração. Talvez por isso que o sentimento, que na verdade está no cérebro, acaba sendo representado pelo coração. A diferença é que o sentimento bom faz bem ao coração, enquanto o sentimento ruim faz mal.

Outra coisa que é preciso ter em mente é que o ódio não nasce de fora para dentro, mas sim de dentro para fora. Quem não tem ódio no coração (e olha aí o coração de novo) não vai sentir ódio.

O ódio pode ser desencadeado por fatores externos, impulsionado por cenas ou por episódios que nos causem repulsa ou indignação, mas isso não se transforma em ódio se esse sentimento não estiver dentro da pessoa.

Sentimentos de ódio, repulsa, indignação e revolta, se fazem parte da vida, acabam interferido, é lógico, na relação amorosa e na relação conjugal. Mas é preciso administrar isso com sabedoria, para que não nos faça mal, conforme já relatamos.

O antídoto principal para isso é o diálogo.

Quantas vezes, numa relação a dois, a raiva ou até o ódio acaba se alastrando por um mal-entendido, por exemplo, que provoca reações muitas vezes precipitadas? E essas reações, por sua vez, provocam no outro mais raiva ainda, o que pode transformar um simples desentendimento num conflito de proporções imprevisíveis.

Mesmo que não seja um mal-entendido, uma boa conversa pode resultar em entendimento. Pode até não ajudar, dependendo  da gravidade da situação, mas sempre é melhor do que o ódio.

Pergunte a sim mesmo: em que o ódio vai ajudar? Em que ele vai ser benéfico, vai nos fazer bem?

Numa relação a dois, nunca insista numa discussão se você estiver com raiva, e muito menos ainda se estiver com ódio.

Os sábios da antiguidade costumavam dizer que até a distância entre as pessoas é um indício daquilo que elas estão sentindo. O amor aproxima as pessoas e, consequentemente, os corações, novamente representando aqui o órgão do sentimento. Por isso, diziam esses sábios, as pessoas, quando estão namorando, apaixonadas, num momento de afetividade, falam baixinho uma com a outra. É porque os corações estão próximos. Então, basta sussurrar para sentir que está sendo ouvido. Já quando estão excessivamente irritadas, com raiva, ou com ódio, discutem e gritam. É porque os corações se afastam e, instintivamente, é como se precisássemos gritar para sermos ouvidos.

O antídoto para o ódio é o perdão. Mas é preciso levar em conta que perdoar não significa concordar com o erro, e muito menos concordar que ele se repita.

Mas tem que significar o fim do ódio, pois do contrário não será perdão.

Você já pensou nisso tudo?

Se nunca pensou, vai ficar mais fácil, daqui para a frente, administrar sua raiva e evitar ou impedir o sentimento de ódio.

Isso, evidentemente, levando-se em conta a realidade de que o ódio não vai fazer mal apenas para a sua relação, mas também para você mesmo. Ou você mesma.

Então, permita-se amar sempre. De vez em quando sentir raiva, quando é impossível deixar de sentir. Mas odiar, nunca.

É uma forma de cuidar do cérebro, da relação, e do coração.

Sobre o Autor

Gerson Menezes
Gerson Menezes

Escritor (com 9 livros publicados), jornalista, empresário, professor universitário (durante 10 anos), empreendedor digital e youtuber. Os livros podem ser encontrados na livraria virtual Amazon e na Thesaurus Editora.

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