Em todos os meios de comunicação e mesmo nas conversas entre as pessoas, a frase que mais se ouve é que, de um modo geral, homens e mulheres não acreditam mais no amor. Você está entre essas pessoas? Você ainda quer acreditar? Você sabe por que as pessoas não acreditam mais no amor?
O individualismo pode estar entre as razões. E muitos falam também que o maior problema é que o dinheiro passou a dominar as relações conjugais.
Mas eu vou deixar esses dois temas por último, porque é preciso saber realmente por que as pessoas não acreditam mais no amor em razão de outras questões.
E, ainda, até que ponto o individualismo e o interesse financeiro realmente interferem nas relações. E por que estariam interferindo, pois a coisa não é tão simples assim. E você pode ter algumas surpresas caso ache que é tão simples assim.
Há quem acredite
São inúmeras as razões que explicam por que as pessoas não acreditam mais no amor. Mas é bom lembrar que existem os que acreditam e que até buscam esse amor para as suas vidas.
Quem não acredita mais é um bom número de pessoas com perfis bem diferentes. Vamos tentar resumir ao máximo.
Pessoas traídas e que estão magoadas têm a tendência de repetirem que não acreditam mais no amor. Mas existe também a situação inversa: quem não acredita no amor pode trair com mais facilidade.
Raiva e mágoa
Em casos de traição, a situação pode até já estar superada e vêm a raiva e a mágoa, assim mesmo. Se a separação não estiver superada, dizer que não acredita mais no amor pode ser apenas um desabafo ou até uma maneira de chamar mais a atenção na tentativa de fazer com que a relação se restabeleça.
Mas, se um dos dois já estiver decidido, a outra parte pode se enfraquecer mais ainda, se essa frase de não acreditar mais no amor soar como apelo ou intenção de voltar. E, com isso, a situação pode piorar para essa parte mais fraca, que se torna, muitas vezes, submissa, para tentar salvar a relação.
Outra pergunta frequente é se o amor é realmente indestrutível, se for verdadeiro.
As opiniões se dividem a esse respeito, até pela dificuldade de se definir o amor. Você mesmo, ou você mesma, tem uma definição clara do que é o amor?
Se tiver, deixe lá nos comentários.
Por que as pessoas não acreditam?
Os que acreditam que o amor, se for amor mesmo, nunca acaba, lembram que duas pessoas podem se separar, mas não deixam de se amar. Podem perder o interesse em viver juntos, mas não o amor, que muitas vezes sobrevive por uma profunda amizade, admiração, saudade e carinho.
Sim, isso é possível. E eu conheço casais assim.
Os estudiosos dizem ainda que duas pessoas nunca se conhecem, realmente. O argumento deles é de que você não é você, mas sim a imagem que o outro ou a outra tem de você.
E, da mesma forma, a outra pessoa pode ser que não seja o que você acha que ela é. Isto porque o que você tem é uma imagem com base no que você conhece dessa pessoa. E nas impressões e julgamentos que você faz conforme a sua experiência de vida e os seus parâmetros pessoais de avaliação.
Maria vai com as outras
O segredo para a manutenção do relacionamento estaria na capacidade de transformar a vida a dois em conhecimento diário, um do outro. O que pode até se tornar divertido, dependendo da capacidade de cada um de manter o bom humor.
Existem também os que se baseiam no que os outros fazem e acham que todos são iguais. Daí a famosa frase de que todo homem é igual, que corresponde à resposta dos homens, de que todas as mulheres são iguais.
Sexo define quem é quem?
Evidentemente, existe de fato um padrão de comportamento. Mas seria um exagero dizer que as pessoas são iguais em razão apenas do sexo. Nós entendemos, ao contrário, que não existem duas pessoas perfeitamente iguais.
Há também os que, simplesmente, não se encaixam no modelo tantas vezes definido pela sociedade, modelo esse que acaba se transformando, muitas vezes, numa imposição dessa mesma sociedade.
São as pessoas que não querem compromisso. Ou que não conseguem ser monogâmicas. Ou mesmo que gostam de ser e de estar sozinhas. E que elevam o conceito de independência ao máximo. Mesmo sabendo-se que independência total não existe.
Amor e dinheiro
Sempre dependemos, em maior ou em menor grau, de pessoas, de sentimentos, de experiências, boas ou ruins, que acabam direcionando as nossas vidas. Ou influenciando na nossa personalidade. E existem, obviamente, os que dependem financeiramente.
E aí chegamos à questão do dinheiro. Que, certamente, envolve muitas contradições, preconceitos, equívocos, exageros e até hipocrisia.
Obviamente, uma pessoa que escolhe alguém tendo como único parâmetro o dinheiro é, sem a menor dúvida, uma interesseira. Pode ficar com essa pessoa até mesmo sem gostar, é lógico.
Mas seria hipocrisia dizer que, num país onde tantas pessoas vivem em situação precária, alguém possa escolher um parceiro ou parceira tendo como parâmetro a falta de dinheiro, imaginando ou alardeando que isso seria prova de amor.
Por que as pessoas não acreditam mais no amor
Não existe ilicitude, nada de errado, em querer uma vida confortável, tranquila, sem atropelos, com acesso ao lazer e à cultura, a assistência médica decente, e dizer que isso passa a ser falta de amor. E creio que já definimos muito bem, agora há pouco, o que seria falta de amor, nesse caso de interesse financeiro.
Homens ricos chamam a atenção. Homens famosos também. Eles não têm o direito, então, de amar e de serem amados?
A fama chama muito a atenção. Do mesmo jeito que a riqueza.
Certa vez eu estava no cinema com um grupo de amigos e um famoso ator de novelas estava lá.
Ele era bastante barrigudo, não era jovem e estava longe de ser considerado um galã. Mas uma amiga que era fascinada por ele começou a se insinuar e até conseguiu se aproximar e bater um papo.
É lógico que não era um caso de amor, mas de fascinação. Porque dinheiro e fama fascinam. Mas isso significa que essas pessoas não podem amar, se um caso real de amor surgir na vida delas?
Julgamentos precipitados
Minha mãe sempre dizia: Quem ama o feio, bonito lhe parece. Beleza é conceito pessoal, gosto pessoal. Embora tenha muita gente que olhe aparência e dispense o caráter. E prefira o mau caráter, ou a mulher sem caráter, desde que seja bonito ou bonita.
Você já deve ter vivido uma situação que acontece muitas vezes. Você conhece uma pessoa que você, logo de início, acha feia. E, depois de algum tempo de convivência, passa a achar essa pessoa bonita.
Pois é. Essa história de beleza interior, que até já virou piada, não é piada não. Porque o que está no coração e na mente se reflete na aparência das pessoas. Mas você só percebe depois que conhece corações e mentes.
Sentimentos verdadeiros
Ilicitude é julgar o comportamento das pessoas com base nos nossos julgamentos e parâmetros pessoais, uma vez que o mínimo que poderia se dizer é que isso deriva do péssimo costume de se meter na vida alheia.
E de se subjugar a esses parâmetros e julgamentos, direcionando a sua vida pelo que os outros dizem, e não pelos seus sentimentos verdadeiros.
Quanto à questão do individualismo, esse é um ponto inegável. Pode ser condenável ou não, dependendo da ocasião, das circunstâncias, dos fatores que levam a um comportamento individualista, em menor ou em maior grau. E isso passa a ser algo ruim quando se transforma em egoísmo.
Mas, nós queremos saber a sua opinião. Deixe aí nos comentários o que você acha.
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