Não há palavra que combine mais do que hipocrisia quando o assunto é falso moralismo e fanatismo religioso.
Por trás de todo hipócrita há um pregador que preceitua aos outros aquilo que ele próprio não pratica.
A Igreja está repleta de escândalos sexuais, que ficavam sempre resguardados por sigilos e hipocrisias.
Mas a verdade sempre cobra o seu preço.
Sexualidade, falso moralismo e fanatismo religioso
O pior reflexo do falso moralismo e do fanatismo religioso recai sobre a sexualidade.
Por quererem, sempre, negar o direito ao prazer, muitas religiões sufocam a sexualidade com base em falsas premissas.
E essa avalanche de ignorância reverbera em toda a sociedade, acentuando a hipocrisia.
Durante os nove anos de existência que estão sendo completados pelo site Recado Secreto e pelo canal no YouTube que nos representa, testemunhamos os sérios prejuízos causados pelo falso moralismo.
Falsa moralidade essa que se evidencia, muitas vezes, como forte companhia associada ao fanatismo religioso.
O resultado disso são adultos frustrados pelo alto grau de ignorância em relação à sua própria sexualidade.
Homens e mulheres desconhecem soluções
Homens não sabem como lidar com problemas como impotência e disfunção erétil. Para citar apenas dois exemplos.
Mulheres tornam infelizes seus relacionamentos por não saberem como solucionar a frigidez e as relações malsucedidas.
Homens insatisfeitos no casamento estão entre os mais assíduos frequentadores dos recantos aparentemente secretos de prostituição.
Basta olhar os inúmeros comentários nos sites de encontros dessa modalidade para constatar essa evidência, disfarçada por nomes fictícios.
Um dos vídeos do nosso canal que alcançou grande repercussão, durante essa quase uma década de atividades, foi justamente o que se refere a essas relações malsucedidas pela postura de frieza das mulheres nas relações.
E a mulher, evidentemente, não é a única protagonista dessa situação.
Em recente entrevista televisiva de uma sexóloga, surgiu o questionamento sobre a dificuldade de lubrificação vaginal da mulher, em muitos casamentos.
Várias hipóteses de natureza médica e fisiológica foram citadas.
Sempre acompanhadas da usual receita de lubrificantes, de cores e sabores variados.
Estranhamente, nenhuma alusão foi feita à postura dos homens que desconhecem, ou rejeitam, a saudável prática de preliminares.
Vítimas se multiplicam na sociedade
Meninas acabam sendo vítimas de violência sexual em razão de sua imaturidade e desconhecimento.
Tornam-se, mesmo em tempos de suposta liberdade sexual, demasiadamente ingênuas em relação ao comportamento repulsivo de homens que se aproveitam dessa situação.
A educação sexual nas escolas, que tem que ser – evidentemente – ministrada e acompanhada por um corpo docente capacitado, ainda é rejeitada em pleno século XXI.
Práticas saudáveis, como o autoconhecimento do corpo, essencial no período em que a sexualidade começa a desabrochar, ainda constituem objeto de visão repressiva e até de punições estúpidas e descabidas.
O desprezo ao prazer sadio, e a sua repressão, permanecem teimosamente presentes em segmentos da sociedade viciados pela hipocrisia e ignorância.
E setores da Igreja servem de respaldo para a perpetuação dessa situação, acompanhada até mesmo por segmentos da internet.
Plataformas se mostram igualmente hipócritas, mesmo quando se autoproclamam modernas e precursoras de um cunho educacional e esclarecedor, que não praticam em suas normas internas.
Vivemos em um período de pretensa modernidade. Viciado por pensamentos, mentalidade e práticas medievais.
Mesmo que isso comece a ser superado imediatamente, ainda levará bom tempo para que se percebam resultados efetivos
E não podemos nos limitar ao papel de meros espectadores.
É preciso atuar em todas as frentes para alcançar e consolidar as mudanças indispensáveis.
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