A eterna luta entre machismo e feminismo tem raízes históricas profundas e é alimentada por inúmeros fatores sociais, culturais e políticos.

Em essência, essa aparentemente eterna luta (ou rivalidade) surge da necessidade, de cada um dos grupos distintos, de reconhecer e de combater a desigualdade de gênero em todas as suas formas.

A eterna luta entre machismo e feminismo

A luta entre machismo e feminismo se torna mais conflituosa a partir da época em que as mulheres tinham pouco ou nenhum acesso à educação, ao poder político e ao mercado de trabalho.

Durante séculos, a mulher foi vista como um ser inferior, destinado a servir ao homem e a cuidar da casa e da família.

É importante ressaltar que, em pleno século XXI, essa mentalidade se mantém em alguns países com força que não pode ser ignorada.

Com frequência, são noticiadas, pelos meios de comunicação, imposições dessas limitações ou mesmo proibições às mulheres de terem acesso a escolas, por exemplo.

Em muitos países se mostra realmente eterna a luta entre machismo e feminismo

O papel da mulher é mantido como de submissão e de obediência ao homem. Inclusive quanto à maneira de se vestirem e de se comportarem em público.

Já em países europeus, onde os movimentos feministas se fortaleceram, ocorrem manifestações explícitas até mesmo de rejeição ao gênero masculino.

Em passeatas, as feministas exibem cartazes nos quais é possível ler frases como “Não dependemos dos homens para nada”.

Ainda que essa postura de independência possa ser encarada como legítima, há uma reação de grupos tidos como machistas que acaba por dificultar uniões matrimoniais e a própria geração de filhos.

Isso tem levado ao aumento da presença de europeus em busca de parceiras nos países da Ásia considerados mais conservadores.

Esses homens viajam a países como Tailândia e Filipinas, onde a cultura é mais tradicional e ainda prevalece o entendimento de que a mulher deve servir ao homem.

Origens da eterna luta entre machismo e feminismo

Origens do feminismo

O movimento feminista propriamente dito teve início no final do século XIX. Foi quando as mulheres começaram a lutar por seus direitos civis e políticos.

O movimento sufragista, por exemplo, foi um dos primeiros grupos organizados que lutou pelo direito ao voto e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Ao longo do século XX, o feminismo se transformou em um movimento global.

As chamadas feministas passaram a lutar, de forma mais aguerrida, não apenas pelos direitos civis e políticos, mas também pelos direitos econômicos, sociais e culturais das mulheres.

O feminismo se tornou uma força poderosa, capaz de desafiar os estereótipos de gênero e reivindicar mudanças significativas na vida das mulheres.

a reação machista

A luta contra o machismo também alimentou uma reação agressiva e violenta de alguns homens. O machismo, ou a crença de que os homens são superiores às mulheres, é uma ideologia profundamente arraigada em muitas culturas e sociedades.

Essa crença tem sido reforçada por fatores como o patriarcado, que é um sistema social em que os homens ocupam posições de poder e autoridade, e a misoginia, que é o ódio ou desprezo pelas mulheres.

Essa reação ao feminismo levou ao agravamento da luta entre machismo e feminismo, com alguns homens tentando manter o status quo e resistindo a mudanças significativas na sociedade.

Isso se manifesta de várias formas, incluindo a violência contra as mulheres, a discriminação no local de trabalho e a falta de representação das mulheres em posições de liderança.

Para resolver essa questão na atualidade, seria imprescindível passar a entender que a luta contra o machismo não é uma luta contra os homens, mas uma luta por igualdade e justiça.

E para alcançar isso, é preciso promover uma mudança cultural e social de modo a superar as desigualdades de gênero e valorizar a diversidade e a inclusão.

Os movimentos feministas têm contribuído para garantir mudanças significativas na vida das mulheres ao longo dos anos. E procura se manter como uma ferramenta importante na luta contra o machismo.

A origem da luta entre os dois lados

Para entender os dois conceitos da eterna luta entre machismo e feminismo

Machismo e feminismo são dois conceitos que há muito vêm sendo debatidos e discutidos no mundo da política de gênero.

O machismo, frequentemente associado aos papéis tradicionais de gênero e à misoginia, é visto como um ponto de vista dominado pelos homens, que está enraizado em valores patriarcais. Muitas vezes acaba sendo transformado numa forma de dominação e de agressão masculina.

O feminismo, por sua vez, é encarado como uma abordagem mais progressista das relações de gênero que desafia os papéis tradicionais de gênero e procura promover a igualdade entre os sexos.

De forma simplificada, machismo é visto como uma atitude tradicional masculina que enfatiza a força, o poder e o domínio.

Já o feminismo busca adotar uma abordagem mais progressiva. A vertente dominante se propõe a desafiar os papéis tradicionais de gênero e promover a igualdade de gênero.

História e contexto do machismo e do feminismo

A história do machismo e do feminismo é longa e complexa. O termo machismo tem suas raízes na América Latina, onde era usado para descrever um tipo específico de comportamento masculino que era visto como agressivo e dominante.

Este tipo de comportamento era frequentemente visto como uma forma de demonstrar força e poder. E estava intimamente associado aos papéis tradicionais de gênero na América Latina.

O termo feminismo, por sua vez, tem suas raízes na Europa Ocidental e nos Estados Unidos.

Foi inicialmente utilizado para descrever um movimento que procurava desafiar os papéis tradicionais de gênero.

Manteve-se também intimamente ligado ao movimento do sufrágio, bem como a outros movimentos progressistas da época, tais como o movimento trabalhista.

A face lamentável da eterna luta entre machismo e feminismo

Talvez surja um tempo em que homens e mulheres compreendam que a luta não deve ser contra os gêneros, mas contra o sistema opressor.

Isso possibilitaria a união entre as duas vertentes.

O obstáculo maior está no fato de que muitos homens mantêm uma visão retrógrada de seu próprio papel.

Surgem os machões, que se pretendem dominantes a ponto de encararem a mulher como sua propriedade.

Essa visão distorcida do papel do homem acaba dando origem à lamentável frequência de feminicídios.

Vítimas de uma relação tóxica, as mulheres decidem se separar.

Sentindo-se dominante, o homem torna-se – progressivamente – mais violento. Até que se dá o trágico desfecho final.  

Sobre o Autor

Gerson Menezes
Gerson Menezes

Escritor (com 9 livros publicados), jornalista, empresário, professor universitário (durante 10 anos), empreendedor digital e youtuber. Os livros podem ser encontrados na livraria virtual Amazon e na Thesaurus Editora.

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