Qual é o seu conceito de liberdade? Na sua avaliação, até onde vai a liberdade nos relacionamentos?
Você é das pessoas que consideram o casamento uma prisão? Mas já avaliou até onde vai a liberdade nos relacionamentos?
Como conseguir liberdade nos relacionamentos? Antes de esclarecer isso, não vê como necessário questionar-se até onde vai a liberdade nos relacionamentos?
A dúvida manifestada no canal
No questionamento postado nos comentários de nosso vídeo no Canal Recado Secreto, Ivanilde Carvalho fala obviamente de liberdade, diante do paralelo que ela faz com um pássaro aprisionado numa gaiola.
A grande pergunta que surge é: existe liberdade plena? Ou, conforme já indagamos: até onde vai a liberdade nos relacionamentos?
Casamento é prisão?
Se você conhecer alguém que desfrute de total e absoluta liberdade, apresente para o canal, que gostaríamos de entrevistar essa pessoa.
Mas mesmo que não exista total liberdade nos relacionamentos, isso não significa que ele tenha que ser transformado numa prisão.
A prisão existe, de fato, nos relacionamentos, quando a pessoa é subjugada a obedecer. E isto vale para ambos os lados, nos relacionamentos.
É preciso ainda considerar que, se você quer subjugar sempre, e continuamente, alguém, à sua vontade, isso significa obviamente, também, que você pretende tolher a liberdade dessa pessoa de reagir. Ou seja: você quer liberdade para você, mas não admite a liberdade do outro. E isso em relação a várias situações bem diferentes, mesmo quando o outro tem muitas razões para dizer não.
Absolutamente … ?
Uma das primeiras coisas que deve ser observada é a seguinte: quando uma pessoa não está envolvida em qualquer relacionamento, ela está só. Mas mesmo assim ela não é total e absolutamente independente.
E quando ela está casada, isto se chama relacionamento a dois. E é muito diferente de estar só. Mas mesmo assim ela não é total e absolutamente dependente.
Percebeu a diferença?
Independência total existe?
Sem levar em conta o ambiente de um relacionamento, ainda assim não existe total independência. As pessoas dependem de horários, dependem de dinheiro para viver, dependem de se comportar de forma aceitável para manterem um bom emprego e boas amizades.
Levando o conceito às últimas consequências, vamos pensar nos miseráveis que perambulam pelas ruas. Parece total independência de tudo. Não tem patrões. Não tem normas a seguir. Nem horários e nem compromissos. Mas, mesmo assim, dependem de esmolas, dependem do esforço diário para não morrerem de fome. E, em muitos casos (talvez na maioria dos casos) dependem das drogas, o que significa que dependem também de como obter essas drogas.
Livre para agir… mas
Mas estamos falando aqui de relacionamentos. Independentemente do seu estilo ou da sua situação de vida, você tem sempre que fazer escolhas. E é melhor saber fazer essas escolhas, caso contrário terá que pagar caro se fizer escolhas erradas. Isso torna você uma pessoa dependente da sua capacidade de escolhas.
Existe um ditado que é sempre bom manter em mente:
Você é livre para agir, mas é escravo das consequências.
Consequências inevitáveis
Se você acredita que liberdade total é andar completamente sem roupa na rua, você certamente colherá as consequências dessa escolha. E, dependendo do peso dessas consequências, nunca mais irá querer optar pela liberdade de ficar nu em público.
Mas vamos raciocinar apenas em relação aos relacionamentos amorosos. Você, que certamente é uma pessoa inteligente, do contrário não estaria frequentando nosso site e nosso canal, seguramente já sabe que existem vários tipos de relacionamento. Entre eles estão, obviamente, relacionamentos de qualidade e relacionamentos sem qualidade.
Novas descobertas
Quando um relacionamento lhe proporciona novas descobertas, ainda que elas desafiem as suas antigas convicções, e se essas descobertas forem benéficas a você, certamente você não se sentirá aprisionado ou aprisionada.
……Ou passa a ter como opção esse crescimento em troca do que seria a liberdade total. Com a vantagem de que isto, por sua vez, poderá lhe proporcionar mais liberdade.
Afinal, a vida é feita de escolhas; quase nunca, ou nunca, de certezas.
Quando no relacionamento existe afeto, amor e respeito mútuo, a liberdade se torna mais frequente. E muito mais possível. Quando não existe, resulta no contrário. E quase sempre provoca rupturas.
Além disso, existe também a paixão, que muitas vezes acaba diminuindo ou até mesmo eliminando a ânsia de liberdade. E ainda assim você tem que ter sabedoria e maturidade para lidar com isso.
Quando a paixão decide
Quando existe paixão, mas opções diferentes, um dos dois lados terá que ceder. Ou então os dois terão que ficar distantes um do outro. Será o momento de sentir se a paixão é mais forte do que a ânsia de liberdade, ou o contrário.
Mas isso também vai significar dependência, é lógico. Ou então capacidade de se adaptar. Ou de ceder e depois ser a sua vez de escolher e receber a solidariedade do outro ou da outra. Seria uma troca. Como nós já dissemos, a vida é feita de trocas.
A liberdade fica aniquilada quando você obriga o outro ou a outra a aceitar o que você quer ou decide. E essa pessoa não tem capacidade de agir.
É como o pássaro preso numa gaiola, da qual é praticamente impossível fugir.
Até onde vai a liberdade nos relacionamentos?
O pássaro da frequentadora do canal está preso. E se fugir ou, afinal, se conquistar essa liberdade, vai ter que aprender a lidar com ela até para sobreviver. Como os pássaros que ficaram a vida toda presos e, quando soltos, acabam morrendo.
Isso nos remete a outra situação: a de ter a capacidade de lidar com a liberdade. Ou a de saber usar bem a sua liberdade.
É aquela situação em que a pessoa perde a liberdade por não saber usá-la.
Ou quando não segue aquela velha máxima de que a sua liberdade termina onde começa a do outro.
Em resumo: seja feliz, mas não prejudique a felicidade de ninguém.
Visite:
Sobre o Autor
0 Comentários